Divina Supernova se apresenta em nova edição do movimento Antropofágico Miscigenado

Além do duo formado pela cantora Ana Galganni e o guitarrista Júnior Bocão, também é atração na terça-feira (5), no Teatro Deodoro, o guitarrista Ricardo Lopes junto com o contrabaixista Félix Baigon, que farão repertório de jazz

Divina Supernova se apresenta em nova edição do movimento Antropofágico Miscigenado

Eles são uma dupla e também uma banda, dependendo do formato das apresentações. Também são um casal: Júnior Bocão e Ana Galganni, ou Divina Supernova – um nome que é sinônimo de criatividade musical e de produções bacanas de música em Maceió e em outras cidades do Nordeste. Eles são uma das atrações da próxima edição do movimento Antropofágico Miscigenado, na terça-feira (5), a partir das 17h30, no jardim do Teatro Deodoro, centro da capital. Agora sendo realizado mensalmente, sempre às terças-feiras em ritmo de happy hour, o Antropofágico Miscigenado – peitado por músicos independentes com ajuda da Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (a Diteal), da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Aliança Comercial de Maceió – apresenta dois pocket shows, seguidos da participação espontânea de músicos que costumam comparecer a essa confraternização de música alagoana, dando canjas concorridas que vão até as 21h30. Na terça-feira, além do Divina Supernova, o guitarrista Ricardo Lopes e o contrabaixista Félix Baigon farão um repertório de jazz, assinado por eles mesmos.

Não fazemos covers nem tributos. O negócio aqui são as músicas lindas que a gente compõe”, diz o cantor e compositor Sebage, responsável pela criação do movimento, em janeiro deste ano, junto com o guitarrista e compositor Edi Ribeiro.

Acompanhe a entrevista com o duo Divina Supernova.

Desde o lançamento do álbum “Torus” no ano passado, vocês já fizeram turnê no Japão, Ana Galganni continuou com o especial “Piaf” e, como produtores, além de “Piaf” realizaram festival de rock e outros eventos em Maceió. Quais os próximos passos do Divina Supernova e da produtora Divina Home?

Júnior Bocão – Após o lançamento de “Torus”, fomos convidados a participar da Kansai Music Conference em Osaka no Japão. Aproveitando a conferência, fizemos uma agenda pelo país. Tocamos nas cidades de Osaka e Kadoma no distrito de Osaka; Kyoto e Muko no distrito de Kyoto; na cidade de Shunan em Yamagushi e em Tóquio. Todos os shows aconteceram em setembro do ano passado. Nós desenvolvemos alguns projetos com a nossa produtora, a Divina Home. Recentemente, levamos a sexta edição do recital “Piafiana – Uma homenagem a Edith Piaf” para o palco do Teatro Santa Isabel, no Recife. Este ano pretendemos produzir mais um tributo aos Secos & Molhados e ainda temos o “Telúricas, Cerejas e Chantilis”, projeto que une poesia e música autoral e que teve uma primeira edição em 2015. O show é uma união do Divina Supernova com as compositoras alagoanas Elisa Lemos, Renata Peixoto e Lillian Lessa.

E o terceiro álbum – vocês estão gravando, não é? O que podem falar sobre isso?

Júnior Bocão – Nós ainda estamos numa fase de pesquisa. Sempre compomos, mas nós queremos desenvolver um trabalho que seja diferente dos demais – não temos pressa. O terceiro disco vai sair na hora certa.

Tanto “Torus” quanto “Pulsares” (de 2014) têm uma pegada dançante, mas o álbum de 2016 é mais eletrônico… O Divina Supernova é um grupo (duo?) pop? O novo álbum caminha em que direção?

Ana Galganni – É interessante as pessoas acharem que “Torus” é mais eletrônico do que “Pulsares”, quando na verdade é o contrário. Sim, ele é mais dançante, mas tem mais bateria – inclusive de três bateristas diferentes: Leandro Amorim, Carlos Bala e Jason Meekins. “Torus” é uma união da gente com outros músicos espalhados pelo Brasil e também pelo mundo. O Divina Supernova é um duo em seu núcleo de composição e produção. No palco somos trio, quarteto, quinteto, sexteto, apesar de nos apresentarmos algumas vezes em duo também. Nosso som passa pelo pop, mas não é só isso. Nossa proposta sonora é abrangente.

O que vocês apresentarão nesse encontro de músicos que é o movimento Antropofágico Miscigenado? O formato será o duo, Ana e Bocão, certo?

Ana Galganni – Apresentaremos algumas das canções de “Pulsares” e “Torus” em duo, num formato acústico. O Bocão vai fazer vocais e guitarra, enquanto eu vou tocar percussões, flauta, kazoo e cantar, claro.

O que vocês têm a dizer sobre esses encontros mensais antropofágicos, convidando músicos para uma celebração e exercício da música que fazemos (a tal “música autoral”), que é tão boa, mas em geral rechaçada por um mercado que busca o cover e os tributos?

Ana Galganni – Para nós é de extrema importância. No dia a dia nós transitamos nos dois mundos: tanto no do trabalho de cover e tributos, mas mesmo assim sempre propondo para o público a nossa leitura musical (como no caso do nosso trabalho nos bares e também dos tributos aos Mutantes e Secos & Molhados), como no trabalho autoral, que prezamos demais e queremos sempre apresentar da maneira mais cuidadosa e bem-feita para o público. Como o Bocão falou, produzimos projetos como o “Telúricas, Cerejas & Chantilis” e, também, o “Balaio da Garça”, que começou com uma série de shows autorais e virou também um programa de rádio. Eu estive presente em algumas edições do Antropofágico, participei algumas vezes e é muito legal fazer parte dele apresentando o trabalho do Divina Supernova desta vez. Desejo vida longa ao Antropofágico Miscigenado!

 

ANTROPOFÁGICO MISCIGENADO – Com Divina Supernova e Ricardo Lopes & Félix Baigon. Terça-feira (5), às 17h30. Entrada grátis – é solicitada uma caixinha para os músicos e despesas de produção.

Teatro Deodoro – Rua Barão de Maceió, 375 (Praça Deodoro, centro da capital). Tel. (82) 3315 5665.

Publicidade

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Publicidade

Agenda