Mitos e verdades sobre o uso dos anticoncepcionais

As pílulas, que trazem tantos benefícios, também podem causar efeitos colaterais desconhecidos entre as mulheres

Mitos e verdades sobre o uso dos anticoncepcionais

A eficácia e o fácil acesso tornaram as pílulas anticoncepcionais o método mais utilizado pelas mulheres para evitar gestações, de acordo com os especialistas da área. A pílula tornou-se aliada ao planejamento familiar, além de ser utilizada para tratamento de algumas doenças. Porém, como em toda medicação, existem os efeitos colaterais, que merecem atenção.

O ginecologista do Hapvida Saúde, Romeu Menezes, esclarece que um desses efeitos é o sangramento de escape, que não deve causar preocupação. Segundo ele, trata-se do corpo se adaptando ao medicamento e, com o uso contínuo, vai melhorar essa perda de sangue. “Pode ser que a paciente fique sem menstruar e alguns medicamentos podem fazer isso. Aquela mulher que usa continuamente, sem pausa, a tendência é que ela fique em amenorreia, ou seja, sem menstruar. Mesmo naquelas cartelas que têm pausa, é aceitável entre dois ou três ciclos ficar sem menstruar. Caso aumente o tempo, é melhor procurar o especialista”, alerta.

Há ainda, alguns mitos relacionados ao uso do anticoncepcional, como ganho de peso, diminuição do desejo sexual e tromboses venosas. Sobre o ganho de peso, o médico afirma que não há ainda nenhum estudo que comprove isso. Em relação à diminuição do desejo sexual, ele avalia como controverso, já que têm pacientes que tomam o anticoncepcional e nem por isso deixam de manter relações sexuais, já que possuem mais liberdade, pelo fato de não engravidarem.

Por último, há um risco que tem gerado preocupação entre as mulheres, que é o aparecimento das tromboses venosas. O profissional alerta que ele realmente existe, mas é pequeno, e que antes de tomar o anticoncepcional, o ideal é passar por uma consulta mais detalhada, para saber se existe alguma possibilidade de desenvolver a trombose. “Pacientes obesas, fumantes, com grandes varizes nas pernas, possuem mais tendência e não são candidatas a fazerem uso do medicamento”, orienta o médico.

Em resumo, o ginecologista explica que não é simples apontar qual o melhor anticoncepcional. Juntos, médico e paciente, devem analisar o que se adequa melhor. Ele alerta, porém, ao risco de se automedicar: “o perigo é a automedicação, pois como é um medicamento de fácil acesso e que não exige receita, têm algumas pacientes que não vão ter uma avaliação e começam a tomar por indicação de alguém, sem a orientação do ginecologista. E isso pode aumentar o risco ou ela pode correr risco sem saber”.

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