Secretaria de Maceió desmente boato sobre cartilha de ideologia de gênero

Secretária de Educação diz que informação que circula é falsa. 'Não existe discussão sobre adoção de cartilha', afirma Ana Dayse.

Secretaria de Maceió desmente boato sobre cartilha de ideologia de gênero

A secretária municipal de Educação deMaceió, Ana Dayse Dorea, afirmou, nesta sexta-feira (12), que imagens de uma suposta cartilha sobre ideologia de gêneros, que seria distribuída na rede de ensino da capital, são falsas.

Ainda segundo a secretária, não há projeto em andamento sobre a adoção de qualquer material sobre o tema a ser utilizado por estudantes.

A suposta cartilha, que conta com imagens e frases obscenas, e que seria destinada a crianças em idade escolar, faria parte do Plano Municipal de Educação (PME), que está passando por atualizações para se adequar às novas diretrizes do Ministério da Educação (MEC), aprovadas em junho, e para que as metas do município se ajustem às nacionais.

“Todo material pedagógico passa por uma análise. Tudo isso que está circulando nas redes sociais é falso, inverdades. A Semed esclarece que não há nada em andamento que não esteja dentro da lei. Não existe discussão sobre 'ideologia de gênero' ou adoção de cartilha para o Plano Municipal de Educação”, explica a secretária.

O assunto veio à tona durante uma reunião ocorrida nesta sexta, na sede da Secretaria Municipal de Educação (Semed), e que contou com a participação da secretária, do secretário-adjunto, João Carlos Barbirato, dos vereadores Chico Filho (PP), Guilherme Soares (Psol) e Silvania Barbosa (PPS), de membros dos conselhos estadual e municipal de educação, da comissão de atualização do PME,  representantes de escolas particulares da capital e do Grupo Gay de Alagoas (GGAL)

Ainda segundo a secretária, as informações que circulam pela internet teriam como objetivo desvirtuar a pauta.

“O plano é um documento que norteia uma política com estratégia e metas para a educação nacional e municipal. Os projetos político-pedagógicos, que trazem, por exemplo o tema sexualidade, não são tratadas isoladamente, mas como uma política”, afirma.

Ao fim do encontro, Silvania Barbosa disse que os vereadores não farão nenhum encaminhamento a respeito da suposta cartilha. Contudo, no dia 19, às 9h, a Câmara realiza uma Audiência Pública, para discutir o ensino da Ideologia de Gênero, conforme requerimento do vereador Dudu Ronalsa (PSDB).

O presidente do GGAL, Nildo Correia, defende que o movimento LGBT nacional não pautou o tema. “O que se discute é o respeito à identidade de gênero e o combate à homofobia no ambiente escolar”, conclui.

Plano Estadual de Educação
A discussão de gênero também está presente na versão preliminar do Plano Estadual de Educação (PEE) 2015 – 2025, ainda em desenvolvimento. O documento, entretanto, também não prevê adoção de qualquer cartilha para alunos da educação básica ou ensino médio.

O item “Educação para a igualdade das Relações de Gênero e Diversidade Sexual” defende adoção de medidas como “fomentar a inclusão, no currículo escolar, das temáticas relativas a gênero, identidade de gênero, raça e etnia, religião, orientação sexual, pessoas com deficiências, entre outros, bem como todas as formas de discriminação e violações de direitos, assegurando a formação continuada dos(as) trabalhadores(as) da educação para lidar criticamente com esses temas”.

Ainda segundo o PEE, “no contexto escolar, a percepção de gênero é percebida nas mais variadas formas de comportamento dos que fazem a comunidade escolar. Nesse turbilhão de identidades, a escola tem um grande desafio: como lidar com a alteridade e o respeito à dignidade de cada pessoa dentro de um respaldo moral e ético”.

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