UFS e Petrobras lançam primeira revista jornalístico-científica sobre o mar de Sergipe

A Universidade Federal de Sergipe e a Petrobras, através do projeto de pesquisas sobre o mar de Sergipe e sul de Alagoas, lança a Revista Marseal, considerada a primeira do gênero publicada em Sergipe. Com linguagem jornalística e produzida a partir dos resultados de pesquisas científicas realizadas pelas universidades federais dos estados de Sergipe (UFS), […]

UFS e Petrobras lançam primeira revista jornalístico-científica sobre o mar de Sergipe

A Universidade Federal de Sergipe e a Petrobras, através do projeto de pesquisas sobre o mar de Sergipe e sul de Alagoas, lança a Revista Marseal, considerada a primeira do gênero publicada em Sergipe. Com linguagem jornalística e produzida a partir dos resultados de pesquisas científicas realizadas pelas universidades federais dos estados de Sergipe (UFS), Alagoas (UFAL) e Pernambuco (UFPE), em parceria com o Centro de Pesquisa da Petrobras (CENPES), localizado no Rio de Janeiro, a Revista Marseal traz um balanço de mais de cinco anos de estudo sobre a plataforma continental de toda a costa de  Sergipe e sul de Alagoas.

O lançamento ocorrerá no dia 13 de maio, sexta-feira, às 9h, o auditório da Reitoria, na Cidade Universitária da Universidade Federal de Sergipe.  Em seguida haverá palestras dos pesquisadores sobre o conhecimento adquirido na plataforma continental de Sergipe e Alagoas, dirigidas à sociedade em geral, alunos e professores.

A revista foi dividida em três áreas da oceanografia: Geologia, Química e Biologia, apresentando informações sobre as feições morfológicas do fundo da plataforma, sua constituição geológica e química, assim como a distribuição dos principais organismos.

A revista apresenta também curiosidades sobre a origem, o relevo e a vida no mar de Sergipe e Alagoas, além de fornecer um mapa de localização das unidades de conservação, informações sobre exploração econômica e os principais problemas ambientais na zona costeira.

“A preservação do mar está diretamente relacionada ao conhecimento dos diferentes ambientes existentes nele, através de detalhados estudos oceanográficos”, afirmou Maria Eulália Rocha Carneiro, coordenadora do projeto pela Petrobras.

Pesquisas na plataforma continental – A Revista Marseal inicia com um convite ao leitor para embarcar na viagem ao fundo do mar de Sergipe e Alagoas, mostrando que a plataforma continental nesta região é estreita e rasa, diferente do que ocorre nas regiões Sudeste e Sul do país.

A partir dessa compreensão, os leitores embarcam na construção coletiva do conhecimento, com informações sobre as campanhas oceanográficas realizadas para coletar amostras do fundo marinho, os resultados das pesquisas e a integração dos diversos campos do saber.

O passeio começa mapeando os sedimentos do fundo marinho, mostrando sua composição e as formações geológicas. “O que chama atenção em Sergipe é a existência de recifes submersos e de cânions, estes últimos considerados os maiores do Nordeste brasileiro. Não poderia deixar de explicar também o porquê de, em Sergipe, a cor do mar ser diferente dos demais estados do Nordeste do Brasil “, afirma Luiz Carlos Fontes, coordenador editorial da publicação.

Sobre a química do fundo marinho, Lara Arguelho, pesquisadora da UFS, afirma que a distribuição da matéria orgânica está fortemente associada à influência dos rios na zona costeira. Por sua vez, a análise avaliação quanto à presença de metais e hidrocarbonetos do petróleo – uma das principais metas da pesquisa para a Petrobras – não revelou sinais de contaminação associados às atividades de exploração e produção de petróleo e gás.

Por outro lado, no estudo realizado sobre impacto de esgotos domésticos na plataforma continental, já se observa contaminação fecal nos sedimentos localizados próximos ao rio Sergipe.

A terceira parte da revista mostra a importância dos habitats marinhos na distribuição da vida no fundo do mar. Nas áreas mais profundas, encontra-se grande número de macroalgas e de seres pertencentes ao grupo da macrofauna bentônica. Os crustáceos, moluscos e equinodermos são mais expressivos nas áreas rasas e lamosas.

No que diz respeito às aves, mamíferos e quelônios marinhos, o projeto registrou, através de avistagens a bordo do navio de pesquisa Seward Johnson, 36 espécies, algumas dessas classificadas como ameaçadas de extinção. Ao todo, foram 28 espécies de aves marinhas (o grupo mais abundante), seis de cetáceos e duas de tartarugas. Tais organismos utilizam o mar de Sergipe e Alagoas de forma contínua ou em períodos específicos de seus ciclos de vida, sendo este conhecimento de fundamental importância para a conservação das espécies.

Quebra-cabeça do conhecimento – Ao comparar a pesquisa científica com um jogo de quebra-cabeça, a Revista Marseal evidência que as informações geológicas, químicas e biológicas são as peças que se encaixam e explicam processos e interações que caracterizam a plataforma continental de Sergipe e sul de Alagoas.

 Os pesquisadores informam ainda que novas peças deste quebra-cabeça têm sido obtidas em águas profundas, ou seja, o projeto Marseal continua com coletas de amostras na região do talude continental em áreas de até 3 mil metros de profundidade. “Espera-se, no final, ter uma compreensão mais ampla e integrada do ambiente marinho, permitindo, assim, o desenvolvimento de programas de manejo e conservação”, diz Eulália Carneiro.

 

Lançamento: Dia 13/05/2016 –sexta-feira

Local: Auditório da  Reitoria da Universidade Federal de Sergipe, Cidade Universitária José Aloísio de Campos, São Cristóvão – SE

Horário: 9h

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