Alagoas tem 187 mil inválidos orais, segundo IBGE

No dia 25 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Saúde Bucal. A data, criada em 2007 pelo Ministério da Saúde, tem como objetivo conscientizar a população da importância de uma boa higiene bucal para evitar várias doenças. Entre elas a cárie e a periodontite que são responsáveis pela maioria dos casos da perda […]

Alagoas tem 187 mil inválidos orais, segundo IBGE

No dia 25 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Saúde Bucal. A data, criada em 2007 pelo Ministério da Saúde, tem como objetivo conscientizar a população da importância de uma boa higiene bucal para evitar várias doenças. Entre elas a cárie e a periodontite que são responsáveis pela maioria dos casos da perda total dos dentes.

Apesar de ser o país com o maior número de dentistas do mundo, o Brasil apresenta uma população que em sua maioria não freqüenta regularmente o consultório odontológico, e ainda não desenvolveu a cultura dos cuidados preventivos.  Segundo dados do IBGE, 24 milhões de brasileiros nunca tiveram numa consulta. Apesar de termos 250 mil dentistas na ativa (cerca de 11% dos profissionais do globo), apenas 15% da população cuida da saúde bucal regularmente. A expressiva maioria dos profissionais, cerca de 70%, atende em consultórios particulares ou por planos de saúde. Os convênios cobrem apenas 10% da população. 

A última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada pelo IBGE em junho de 2015, mostrou ainda que o país tem cerca de 16 milhões de pessoas sem nenhum dente, o que corresponde a 11% da população. Entre as pessoas com mais de 60 anos o índice chega a 41,5%, as mulheres lideram os números.

Em Alagoas o número de pessoas sem nenhum dente chegava a 187 mil, no ano de 2013, período de coleta dos dados da pesquisa, o que correspondia a 8,3% da população com mais de 18 anos.

Também era alto o índice de pessoas que usavam algum tipo de prótese dentária no país, quase 49 milhões, as mulheres apreciam em maior número com 37,9% contra 28,3% de homens. Em Alagoas, esse número era de 691 mil, representando 30,6% da população.

A média nacional mostra que entre a população com ensino fundamental incompleto ou sem instrução, 22,8% perderam todos os dentes, enquanto, entre quem tem nível superior, o percentual é de 2,1%. O Nordeste representava cerca de ¼ do total do país, com 4.167 milhões de pessoas sem nenhum dente.

De acordo com o Prof. Doutor Wagner Fragoso, a perda de um ou mais dentes causa danos significativos à saúde física e emocional do paciente. “A ausência de um ou mais dentes tem reflexos graves. O primeiro é a redução da capacidade de 

mastigação que por sua vez implica na forma como o paciente escolhe os alimentos. Como tem dificuldade de mastigar ele acaba optando por alimentos pastosos, fáceis de deglutir, excluindo os alimentos ricos em fibras, aumentando o risco de déficit nutricional e contribuindo para o aparecimento de outras doenças. Outro fator é o emocional. As pessoas sem dentes passam a ficar retraídas e com vergonha de comer ou sorrir em público. Há casos em que chega a ser necessário o uso de medicamentos antidepressivos, tal o nível de isolamento social”.

A perda dos dentes frontais altera a estética da face, diminuindo o espaço entre a ponta do nariz, que fica caída, e o queixo, que se projeta, dando um aspecto envelhecido e deformado. Mas estes não são os únicos problemas que a falta dos dentes pode trazer. Dores de cabeça, ouvido, tonturas, alterações posturais e tensões na região do pescoço, somam-se à lista de conseqüências.

No Brasil, a falta de dentes, em sua maioria, está relacionada ao avanço de problemas como a cárie e doenças gengivais ou periodontais, que muitas vezes começam na adolescência e evoluem por falta de tratamento e hábitos de higiene básica. A causa mais comum é a placa bacteriana, que provoca a cárie, levando a corrosão total do dente, e a periodontite, que em estado avançado causa a destruição dos tecidos e ossos que suportam os dentes.

As práticas diárias de higiene bucal que incluem o uso de escova, creme e fio dental, são a única garantia de uma boa saúde oral, e consequentemente da manutenção dos dentes por longo tempo. Mas como já dissemos antes, os brasileiros ainda não desenvolveram o hábito de escovar os dentes todos os dias. Segundo dados da pesquisa do IBGE, apenas 33,5% dos entrevistados em Alagoas usam escova de dente, pasta de dente e fio dental diariamente. As mulheres são mais cuidadosas, com 57,1% contra 48,4% dos homens entre os que afirmaram usar escova, pasta e fio de dental.

Wagner Fragoso, especialista em prótese dentária, chama atenção para a influência da falta de instrução no mapa de inválidos orais no Brasil e em Alagoas. “Muitas dessas pessoas que perderam todos os dentes não tinham escolaridade mínima, nem o hábito de ir ao dentista. Na maioria das vezes só iam ao dentista em época de campanha eleitoral, quando os candidatos ofereciam consultas, e a única medida era arrancar os dentes que estavam doendo, pois recuperar levaria mais tempo e sairia mais caro. O resultado é essa multidão de sem dentes que encontramos agora”.

Mas na contramão dos dentistas conhecidos como “tira-dentes”, a odontologia avançou a passos largos nos últimos anos e agora é possível reabilitar a função oral mesmo de uma pessoa que perdeu todos os dentes. “Com os novos procedimentos na área de implantes é possível restaurar a função e devolver a estética ao sorriso de pacientes que antes ficavam limitados ao uso de próteses móveis, mais conhecidas como dentadura, que não garantiam conforto e segurança, muitas vezes causando situações de constrangimento social”, ressalta Wagner Fragoso.

Na área dos implantes existem as possibilidades de prótese fixa sobre os dentes, para os casos em que ainda existem dentes com condições de fixação da prótese, ou prótese fixa sobre implante, quando é preciso fazer uso de um pino para substituir a raiz do dente no osso da mandíbula ou maxila.

A reabilitação através de implantes é a solução que traz maior benefício ao paciente, já que não interfere nos dentes vizinhos, além de oferecer o resultado estético mais semelhante ao dente original. Nesse caso, não há restrição de idade, mas pacientes hipertensos, diabéticos, cardíacos, ou com outra doença crônica, precisam estar com o quadro de saúde controlado. 
Tomando esses cuidados e fazendo um bom planejamento, os riscos são mínimos.

 

Prof. Dr. Wagner Sotero Fragoso (CRO 2029 AL) 

Formado há 16 anos na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Wagner Sotero Fragoso é Doutor e Mestre em Prótese Dental pela UNICAMP/SP, especialista em Prótese Dental pela UFC e professor adjunto da Faculdade de Odontologia da UFAL, onde também coordena a disciplina de Implantes Dentários.

Sua especialidade odontológica é a reabilitação oral (Prótese Dental), reconstruindo o sorriso e a estética facial dos pacientes por meio de trabalhos como porcelana sobre implantes e recuperação de dentes danificados e sem adequada estética ou função.

Conectado com os mais modernos recursos tecnológicos a serviço da odontologia, o Dr. Wagner Fragoso trabalha com o inovador sistema 3D (CAD-CAM). A tecnologia CAD/CAM permite o escaneamento do dente ou do implante e a fabricação de lentes de contato, coroas e pontes fixas por meio de maquinário específico e orientado pela computação gráfica. Com o recurso dos implantes, viabiliza a devolução de parte ou todos os dentes perdidos de qualquer paciente,inclusive em poucas consultas, com a técnica da carga imediata.

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