Aterro sanitário recebe visita de crianças do projeto Varre Grota nesta quarta (20)

Nesta quarta (20), às 9h, 50 crianças das comunidades de São Rafael e Santo Onofre farão uma visita ao aterro sanitário de Maceió. A visita faz parte do projeto de educação ambiental Varre Grota, comandado pela Viva Ambiental em parceria com a prefeitura de Maceió, que há dois anos conseguiu transformar o cenário das comunidades carentes […]

Aterro sanitário recebe visita de crianças do projeto Varre Grota nesta quarta (20)

Nesta quarta (20), às 9h, 50 crianças das comunidades de São Rafael e Santo Onofre farão uma visita ao aterro sanitário de Maceió. A visita faz parte do projeto de educação ambiental Varre Grota, comandado pela Viva Ambiental em parceria com a prefeitura de Maceió, que há dois anos conseguiu transformar o cenário das comunidades carentes de São Rafael, Santo Onofre e Ipanema. Onde antes havia acúmulo de lixo e entulho, hoje encontram-se calçadas limpas, canteiros gramados e pontos organizados de coleta.

“Depois de focar na educação ambiental dos adultos das comunidades, mostrando a importância de obedecer os horários de coleta e as formas certas de descarte de resíduos, queremos contar com o apoio das crianças para a consolidação destes novos comportamentos nas famílias”, diz Inaimara Medrado, analista de sustentabilidade da Viva Ambiental.

Na visita, as crianças serão apresentadas a todo o processo de tratamento do lixo produzido pela cidade de Maceió e à importância de reduzir o volume de resíduos por meio de atitudes como a reciclagem e o consumo consciente. Aprenderão, também, as diferenças entre um aterro sanitário e um lixão e seus diferentes impactos no meio ambiente.

 

Sobre o Projeto “Varre Grota”

Depois de São Paulo, Maceió é a segunda cidade do país a aplicar, com sucesso, um projeto experimental que conseguiu acabar com o acúmulo de lixo e entulhos em três comunidades carentes: São Rafael, Santo Onofre e Ipanema. O Varre Grota, iniciativa fruto de parceria entre a empresa Viva Ambiental, a Prefeitura de Maceió e moradores das três comunidades, está completando seu segundo aniversário. Após um trabalho de educação, mutirões de limpeza e implantação de um sistema especial de coleta com garis comunitários, o projeto conseguiu mudar totalmente o cenário da região. “No lugar do lixo, mau cheiro e entulhos, hoje já é possível encontrar no local calçadas limpas, muros pintados e canteiros”, explica Inaimara.

Inspirado no projeto Varre Vila, criado na Vila Nossa Senhora Aparecida, favela da zona leste de São Paulo, o projeto tem como ponto de partida a mobilização dos moradores. “Fizemos com que cada um se conscientizasse da importância de doar 5 minutos de seu dia para limpar a porta de sua casa e se comprometesse a colocar o lixo para fora apenas nos dias de coleta”, detalha Ionilton Aragão, idealizador do projeto “Varre Vila” em São Paulo, responsável pela consultoria de implantação do “Varre Grota” na capital alagoana.

Após a etapa de educação, cada uma das três comunidades participou, junto com a Viva Ambiental e a Slum, de um grande mutirão para retirada dos entulhos que tomavam conta das ruas do local. “As comunidades participaram ativamente deste processo inicial de limpeza, pois isso é fundamental para aumentar o nível de comprometimento”, completa o idealizador do projeto.

Para garantir a manutenção da limpeza, oito garis comunitários foram selecionados entre os moradores da própria comunidade e contratados pela Viva Ambiental para se juntarem aos quatro garis que já atuavam na área. “Todos receberam uma capacitação especial, pois atuam também como agentes educadores e mediadores entre os moradores e o serviço de coleta urbana. É um papel completamente diferente do que estamos acostumados a atribuir aos garis que, geralmente, passam como profissionais invisíveis para a sociedade”, afirma o líder comunitário.

Hoje,  as regiões já contam com dias específicos de coleta e ações constantes de educação ambiental. “Mas nada disso garante a manutenção da limpeza e outras melhorias nessas comunidades se não tiver a participação e vontade dos moradores de promover essa mudança”, reforça Aragão. “O resultado está lá para todo mundo ver.”

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