Banda Nexxo surge em meio ao cenário da pandemia para levar rock’n’roll ao público de casa

A ideia de transformar a reunião de amigos em um novo grupo surgiu no final de 2018. A proposta era juntar músicos das bandas de Jacarecica pra tirar um som em alguma festa. Mas o projeto pegou corpo e se transformou na Nexxo baseado na experiência que a Máfia Nordestina viveu no final do ano 2000. 

Janaina Ribeiro - Repórter

Banda Nexxo surge em meio ao cenário da pandemia para levar rock’n’roll ao público de casa Capa do EP da banda Nexxo.

Eles subiram aos palcos nos anos 80 e 90 para tocar rock‘n’roll. O estilo musical era uma paixão em comum desse grupo que, por motivos diversos, acabou dando um tempo no projeto cultural. Mas, em períodos de pandemia, onde muita gente busca coisas diferentes para ocupar o tempo, essa rapaziada resolveu lançar o barulho que voltou a fazer novamente. Juntaram-se após um café da manhã, compraram equipamentos, começaram a ensaiar e criaram a banda Nexxo. Foi pouco mais de um ano de preparação até entregar o trabalho pronto para o público.

Cinco dos seis músicos fizeram parte de bandas que marcaram época em Maceió, quando a cidade vivia a efervescência dos grupos que surgiram pós Rock in Rio, em 1985. O festival, que trouxe ao país Ozzy Osbourne, Whitesnake e Queen, foi o motor para a formação de um cenário roqueiro na cidade, vitaminado pelos festivais Rock S/A, que tinham à frente o cantor Osman, e o já lendário Atlantic Rock, que reuniu bandas de vários estilos durante dois dias em Jacarecica. 

Aliás, rock, Jacarecica e uma longa amizade de quatro décadas são os pontos que unem os integrantes da Nexxo. Marcus Toledo (voz e violão) e Enio Bolivar (bateria) foram da banda Máfia Nordestina, a mais duradoura delas. David (baixo) foi da Segredo de Estado; Gaspar (voz), do Rock Postal; e J. Júnior (guitarra) era da Necrotério, banda de rock pesado. E, para complementar o grupo, juntou-se a essa turma de cinquentões Khristiano (tecladista), que ainda criança assistia no estúdio da casa 200 o ensaio das bandas.

A ideia de transformar a reunião de amigos em um novo grupo surgiu no final de 2018 e foi sendo amadurecida durante o ano de 2019. A proposta era juntar músicos das bandas de Jacarecica pra tirar um som em alguma festa. Mas o projeto pegou corpo e se transformou na Nexxo baseado na experiência que a Máfia Nordestina viveu no final do ano 2000. 

O contato com a Sony Music

Naquele ano, a Máfia abriu um show do cearense Fagner em Maceió, e após a apresentação, entregou um kit com uma fita VHS contendo seis músicas. Algum tempo depois, um executivo da Sony ligou pedindo mais canções. A banda então entrou em estúdio, gravou 16 músicas e mandou o CD para o Rio de Janeiro. Em seguida, recebeu novo telefonema com uma convocação: teria que ir à Sony para uma reunião com os executivos.

E assim aconteceu. Foram cinco horas de reunião, quando a banda conheceu todos os setores da gravadora. A sensação, ao final do encontro, foi de que, quase 15 anos depois do início, a Máfia seria finalmente contratada. Porém, por algum motivo, o contrato não aconteceu. E essa frustração, aliada ao cansaço de tantos anos de estrada, motivou o fim da banda.

O retorno

Agora, quase 18 anos depois, a música está de volta à vida dessa galera. Desde quando o retorno passou de um projeto no papel até ganhar ares de realidade, a rapaziada compôs, ensaiou bastante, foi para estúdio gravar e tirou as fotos para a capa do EP (extended play ou formato estendido). E a primeira canção já foi lançada. Em breve, o restante do EP chegará às plataformas de streaming para a alegria do público.

O novo projeto terá quatro clipes e o EP virá com sete músicas. As gravações contaram com a participação mais que especial de Alex Gouveia na bateria e Daniel Santa Ritta nos teclados. O material será encaminhado a músicos, jornalistas, produtores, estúdios e executivos. Se vai pintar Sony Music de novo? Quem sabe, não é??!!  Não custa sonhar!

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