Copo biodegradável: marca alagoana de água de coco é pioneira no uso de embalagem sustentável

Mais de sessenta anos.

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Copo biodegradável: marca alagoana de água de coco é pioneira no uso de embalagem sustentável

Esse é o tempo estimado para que um simples copo plástico (de polipropileno, usado como embalagem de água de coco resfriado e outras bebidas) venha a ser desintegrado pela natureza. Para uma empresa alagoana de água de coco resfriada que chega a produzir 60 mil copos por mês na alta temporada, nem é preciso dizer o quanto esse impacto poderia ser reduzido caso esse tempo fosse abreviado para cerca de dois ou três anos.

Em Alagoas, a marca de água de coco Soft, fornecedora de água para bares como Lopana, se tornou a primeira do Nordeste no setor a aderir a uma nova embalagem que usa aditivo para acelerar a biodegradação do plástico de 60 para cerca de 2 ou 3 anos. “A empresa alagoana foi a primeira de água de coco no Brasil a usar a nossa nova embalagem biodegradável”, diz Marcos Aurélio Bardini, engenheiro químico e gerente industrial da Thermovac, empresa de embalagens plásticas de Santa Catarina que fornece embalagens plásticas para o todo o país.

“Após a Soft em Alagoas, outras marcas da região Nordeste já estão demandando a nova embalagem”. O engenheiro químico explica que a aceleração da degradação do plástico é realizada por meio de um aditivo de nome P-Life composto de ácido graxo derivado do óleo de coco da palmeira. “Esse aditivo faz com que as cadeias do polipropileno, em contato com as intempéries da atmosfera, passem por um processo acelerado de oxidação e degradação em micropartículas que facilitam seu consumo por microorganismos”, diz o engenheiro.

“Trata-se de uma tecnologia já testada e aprovada por instituições internacionais com certificados de degradação acelerada”. De acordo com Sandro Lisboa Pereira, fundador da Soft Água de Coco, a mudança de embalagem representou um aumento em mais de 10% no custo mensal do insumo – além de cerca de R$ 20 mil para a adequação da máquina de envasamento. “Apesar de não esperarmos um retorno financeiro rápido, sabemos da importância de adequarmos nossa marca, que foi pioneira no Estado no formato de água de coco resfriado, a ser pioneira também na redução do impacto ambiental do plástico, ainda mais em um Estado com o litoral como o nosso”, diz o empresário.  Agora resta ao consumidor alagoano cobrar para que a iniciativa se estenda a outros fabricantes.

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