Gigantesco gato desenhado no deserto de Nazca tem mais de 2.000 anos

Imagem estava oculta pela erosão em uma colina, a poucos metros de uma rodovia que corta a região; pesquisadores acreditam que ela foi feita pela cultura Paracas, antecessores dos Nazca

Olhar Digital

Gigantesco gato desenhado no deserto de Nazca tem mais de 2.000 anos

Arqueólogos do Ministério da Cultura do Peru descobriram um novo geoglifo, um dos famosos e gigantescos desenhos feitos por culturas antigas no solo da região, “escondido” à plena vista, a poucos metros de uma rodovia que corta a região.

Com 37 metros de largura, a imagem mostra um gato repousando na lateral de uma colina que é um mirante da região. Ela foi descoberta quando funcionários do governo decidiram melhorar o acesso ao local, conhecido como Mirador Natural, e notaram linhas no solo que não poderiam ter sido criadas pela natureza.

A imagem estava oculta devido à erosão do solo da encosta onde foi desenhada, mas se tornou visível após as linhas, com cerca de 30 cm de largura, serem limpas e restauradas. Estima-se que ela tenha sido criada há mais de 2.000 anos pela cultura Paracas, antecessora da cultura Nazca que séculos mais tarde criou geoglifos mais famosos como o “pássaro”, o “macaco” e a “aranha”.

Precursores dos Nazca

Segundo o arqueólogo Jhonny Isla, responsável pela gestão do Parque Arqueológico Nazca-Palpa, “nos últimos anos, entre os vales de Palpa e Nazca, foram identificadas de 80 a 100 novas figuras, que antecedem as da cultura Nazca. Elas têm tamanho menor e estão desenhadas nas encostas de morros, claramente pertencentes a uma tradição anterior. Sabemos disso pela comparação iconográfica. Por exemplo, os tecidos Paracas tem aves, felinos e personagens facilmente comparáveis a estes glifos”, afirmou à EFE.

Em novembro passado pesquisadores da Universidade de Yamagata, no Japão, usaram a plataforma de inteligência artificial IBM Watson Machine Learning Community Edition para descobrir uma figura até então desconhecida no solo do deserto de Nazca.

Os cientistas ainda não sabem qual o propósito das imensas figuras e linhas encontradas no solo da região. Acredita-se que as imagens maiores e mais conhecidas, chamadas de Tipo A, tenham algum significado ritual. Já as Tipo B poderiam ser algum tipo de auxílio de navegação, para facilitar o deslocamento da população no deserto.

Fonte: EFE

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