Homem é preso por tentar matar a tiros ex-repórter de afiliada da Globo no litoral de SP

Atentado aconteceu na avenida Monteiro Lobato, na Vila Voturuá, em São Vicente (SP).

Por g1 Santos

Homem é preso por tentar matar a tiros ex-repórter de afiliada da Globo no litoral de SP

Um homem foi preso por tentar matar a ex-repórter da TV Tribuna, afiliada da Rede Globo na Baixada Santista e Vale do Ribeira, Solange Freitas. Segundo apurado pelo g1 nesta segunda-feira (6), o suspeito foi localizado na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em Praia GrandeSolange, na época, era candidata a prefeita de São Vicente e seu veículo foi alvo de pelo menos cinco tiros.

De acordo com informações obtidas pelo g1, a Equipe Tática da Polícia Militar estava realizando um patrulhamento na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega, na altura do Km 302, em Praia Grande, quando um veículo, ao perceber a aproximação da viatura, mudou de faixa de rolamento, facilitando a abordagem.

Os policiais realizaram busca pessoal e vistoria do veículo e nada de ilícito foi encontrado, no entanto, ao ser questionado sobre os documentos pessoais, Diego Nascimento Pinto declarou que não estava com eles e informou os números verbalmente.

Após consulta, os policiais confirmaram que tratava-se de um procurado da Justiça pelo crime de homicídio tentado contra a então candidata à prefeitura de São Vicente, Solange Freitas.

Em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo, o sub-tenente da PM Gilberto Amorim afirmou que Diego confessou ter tido envolvimento no atentado. “Em nenhum momento ele resistiu”. Ele também era procurado pelo crime de porte ilegal de arma de uso restrito. O homem foi detido e encaminhado à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande, onde o caso foi apresentado.

Ao g1, a agora deputada estadual Solange Freitas disse que não é fácil relembrar do atentado. “Toda vez que tem algo novo sinto um aperto no coração, [mas] ao mesmo tempo fico aliviada porque a verdade vai aparecendo. Tenho esperança que ele revele o nome do mandante”.

Solange afirmou que escreveu o livro ‘Um inimigo chamado poder’, onde conta o que passou com o atentado durante o período eleitoral . “Cada vez que um é punido tenho mais certeza de que a justiça será feita de uma forma completa”.

g1 entrou em contato com a Polícia Militar e com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Entenda o caso

Solange Freitas e outras quatro pessoas passavam pela Avenida Monteiro Lobato, na Vila Voturuá, por volta das 10h30 do dia 11 de novembro, quando um motociclista se aproximou do veículo e atirou na direção da janela do passageiro. Após disparar, o condutor acelerou a motocicleta e fugiu.

“O foco era onde eu sento, que é geralmente na frente”, explicou Solange em entrevista ao g1, na época. Ela acredita que alguém estava seguindo o carro em que estavam. “Não vejo outro motivo a não ser política. Para quê iam fazer isso? Não imaginava que ia chegar a isso. Não é um ataque só a mim. Eles querem que eu desista, mas eu não vou”, disse após o ocorrido.

Um policial militar rodoviário foi preso em novembro de 2020, suspeito de envolvimento no atentado. O PM teve a prisão temporária decretada pela Justiça e foi encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, na Capital. Conforme apurado pelo g1, ele não seria o atirador.

Um homem de 33 anos chegou a se apresentar na Delegacia Sede de São Vicente dias após o crime, alegando ser o autor do atentado contra a candidata. Porém, a Polícia Civil alegou que ele é um falso suspeito, pois as versões apresentadas pelo rapaz não correspondem com as investigações.

Os policiais identificaram que a versão deste homem foi limitada aos fatos e imagens veiculados pela mídia, e não coincidiram com o que já havia sido apurado pela equipe de investigação, principalmente relativo ao trajeto de antes e depois ao atentado e, também, do contato feito com outro suspeito pouco antes da tentativa de homicídio, que lhe indicou o carro da vítima.

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