Microsoft negocia compra do TikTok nos EUA, diz agência

Segundo reportagem da Bloomberg, o presidente Donald Trump vai solicitar que empresa chinesa ByteDance, dona do TikTok, venda sua participação para que o aplicativo continue sendo autorizado nos Estados Unidos

Microsoft negocia compra do TikTok nos EUA, diz agência REUTERS/Dado Ruvic

A Microsoft está negociando a compra das operações do TikTok nos Estados Unidos, segundo uma reportagem da agência de notícias Bloomberg, publicada nesta sexta-feira, 31. Pessoas familiarizadas com o assunto afirmam que o presidente Donald Trump vai solicitar que empresa chinesa ByteDance, dona do TikTok, venda sua participação para que o aplicativo continue sendo autorizado a operar nos Estados Unidos.

O TikTok vem sendo constantemente criticado pelo governo americano devido a preocupações com segurança nacional. No início de julho, o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que o país está “certamente cogitando” banir aplicativos de redes sociais chineses, como o TikTok. “Eu não quero me adiantar ao presidente (Donald Trump), mas é algo que estamos analisando”, afirmou Pompeo à época. Parlamentares americanos também já afirmaram ter receio quanto às leis chinesas que obrigam empresas nacionais a “apoiar e cooperar com o trabalho de inteligência controlado pelo Partido Comunista Chinês”.

A Microsoft é uma das empresas que avaliam a aquisição do aplicativo chinês. Atualmente, a principal aposta da empresa no ramo de redes sociais é o LinkedIn, com foco no mundo corporativo. A empresa, porém, não comentou o assunto.

Em nota, o analista Daniel Ives, da consultoria americana Wedbush Securities, afirmou que “para a Microsoft, essa seria uma grande aposta no espaço de consumo de redes sociais, do qual a empresa se afastou na última década”. Na visão dele, o investimento estratégico da Microsoft no TikTok seria uma forma de a empresa competir com outros gigantes de tecnologia, como o Facebook, criando uma nova via de crescimento para os próximos anos.

O TikTok recentemente foi banido na Índia – assim como outros 58 aplicativos chineses – após um conflito na fronteira entre os dois países. O app, que não está disponível na China, tenta se distanciar das suas raízes chinesas para garantir a adesão de uma audiência global e enfatizar a sua independência do país.

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