Morena Baccarin, a atriz brasileira de “Deadpool 2”, fala sobre o filme, carreira e vontade de trabalhar em novelas no Brasil

O longa “Deadpool 2” estreia no Brasil dia 17 de maio e já estamos curiosos com os rumos que o filme irá tomar e todas as referências típicas do filme. Mas, antes deste momento chegar, tivemos uma conversa com Morena Baccarin, a Vanessa Carlysle, namorada de Deadpool, que chega no Brasil na próxima semana para divulgar o filme por aqui.

Morena Baccarin, a atriz brasileira de “Deadpool 2”, fala sobre o filme, carreira e vontade de trabalhar em novelas no Brasil

Morena é brasileira e vive nos Estados Unidos desde os sete anos, sem perder suas raízes com o nosso país.

A atriz, que também está no ar na série “Gotham” e já fez parte do elenco de “Homeland” contou para o hugogloss.com um pouco do que podemos esperar de “Deadpool 2” e o rumo de sua personagem, comentou também sobre seu desejo de participar de alguma produção nacional, sua relação com o Brasil e falou um pouco da sua intimidade com seus filhos Julius e Frances, e o marido Ben McKenzie, com quem se envolveu durante as gravações de “Gotham”.

HG: Estamos em uma época de muitos filmes de herói. Se não estivesse em Deadpool, em qual filme você gostaria de estar?
Morena: Boa pergunta. Tem vários. Eu estou super interessada em saber como vai ser o novo filme da Marvel, da Capitã Marvel, com a Brie Larson. Eu adoro os filmes que estão saindo agora com as mulheres sendo super heróis e estaria super interessada em refazer, talvez, a Mulher Maravilha ou a Mulher Gato, mesmo sabendo que ela não é uma heroína. Ela sempre foi a minha favorita.

HG: Ser uma garota num filme de herói pode ser um papel cliché. Como descreve sua participação em Deadpool e o que podemos esperar do filme?
Morena: Eu adorei ler o roteiro quando eu li para o primeiro filme porque ela é exatamente o oposto desse clichê das mulheres nesses filmes. Ela não é a vítima. A relação deles é completamente louca e diferente, né. Eu amei no primeiro filme quando ele vem para salvá-la e ela está brava com ele por ter deixado. O primeiro filme é mais uma história de origem, quem é o Deadpool, e este segundo filme é mais sobre quem ele é em termos de o que faz ele fazer as coisas que ele faz e a relação deles está um pouco mais avançada, já estão juntos há um bom tempo, e estão preparados para levar a relação ao próximo nível. A gente começa o segundo filme já com eles nessa expectativa. Ela é o foco dele e a razão pela qual ele faz as coisas que ele faz, ela não é tão passiva como as mulheres geralmente são nesses filmes de heróis.

HG:  Nós vimos algumas notícias que algumas cenas do filme foram regravadas. Tinha alguma cena sua? O que houve?
Morena: Eu não estava nas cenas que foram regravadas com os outros atores. Uma das minhas cenas foram regravadas porque eles queriam ter mais de uma opção para usar no corte final. É difícil falar sem poder contar a história, mas vocês vão ver no filme. Era uma cena mais etérea, é como um sonho, basicamente e eles queriam ter opções e gravamos várias vezes, de jeitos diferentes para ver o que ia ficar melhor.

HG: Você ainda assiste Homeland? O que achou dos rumos da série?
Morena: Sabe que eu parei de ver, porque não deu mais tempo? Mas eu sou muito amiga da Claire (Danes) e eu acabo sabendo de alguns pontos altos da trama, e nada do que aconteceu está dentro do que eu poderia imaginar, começando pelo jeito que eles mataram o Brody. Eu não sabia de nada, eu nunca imaginei que só iria participar de três temporadas, a gente realmente não sabia.

HG: Muito se tem falado em equal pay, mas pouco se fala nas diferenças de salário para latinos. Você vê algum progresso nesse sentido?
Morena: Eu notava mais essa diferença há uns anos atrás, sabe, porque este assunto não era tão popular como agora. Estamos num bom momento como mulheres e como latinas também, era uma coisa que antes os personagens que conseguíamos eram os mais diferentes e agora acho que abriu o mercado para a gente, acho que falar sobre isso acabou ajudando atores de todas as culturas a conseguir personagens que não são só latinos ou de outras origens. Quando eu comecei a minha carreira, era bem diferente, todo mundo perguntava ‘Morena, que nome é esse? Você vem de onde?’, era sempre um tópico de conversa. Agora já não é mais. É mais popular, eles acham mais interessante. você ser uma pessoa de outro país.

HG: Você acompanha as novelas brasileiras? Ficamos sabendo que você faria uma participação por aqui que acabou não acontecendo, podemos continuar com esperanças de te ver em produções do Brasil?
Morena: Infelizmente eu não consigo acompanhar as novelas brasileiras, mas tenho muita vontade de fazer trabalhos no Brasil. Existiu realmente essa conversa no passado com vários diretores e diretoras e teve um momento em que ia rolar realmente, só que não deu certo por causa da agenda. As novelas aí gravam por um período muito longo e eu estou sempre em alguma série, e entre os trabalhos me sobram cerca de três meses, então é muito difícil encaixar um trabalho tão grande, mas estou sempre procurando, ainda que seja uma série, filme ou participação, estou sempre procurando oportunidades. Assim que terminar ‘Gotham’, estou aí!

HG: Qual o maior desafio para quem sonha em alcançar uma carreira em Hollywood?
Morena: Acho que tem muitas pessoas, esse é o grande problema. E agora com Youtube e redes sociais, todo mundo pode ser famoso. Mas você consegue seu lugar sendo você, sendo uma pessoa autêntica e tendo paixão pelo que você faz.

HG: Você é amiga do Selton Mello, chegou a assistir “O Mecanismo”? O que achou?
Morena: Eu assisti ao primeiro capítulo mas eu amei. Achei chocante e o trabalho do Selton é muito bom, eu amo o trabalho dele. Eu fiquei super orgulhosa quando soube que ele fez a dublagem dele mesmo em outros idiomas, porque é muito difícil o ritmo da língua, é outro mundo.

HG: O que você acha da situação atual do país?
Morena: É uma coisa que eu vejo mais pelos jornais e matérias de jornalistas brasileiros e uma coisa que não estou vivendo aí, mas acho muito sério, é difícil saber o que realmente aconteceu, mas eu acho que finalmente a gente tá tratando – ou começando a tratar – do assunto. É uma coisa que enquanto eu crescia no Brasil, a corrupção do governo brasileiro era uma coisa que não se falava, as pessoas fingiam que não estava acontecendo. Então acho bom que estejam começando a querer mudar isso.

HG: O que seus filhos sabem sobre o Brasil? Eles falam português? Tem planos para passar algum tempo com eles por aqui?
Morena: Eu tento falar português com eles para que eles possam compreender a língua, até mesmo para poder se comunicar com a família no Brasil. Meus filhos são bem novinhos (Julius tem 4 anos e meio e Frances tem 2 anos), mas eles sabem que eu sou do Brasil, sabem onde o Brasil fica no mapa – pelo menos o mais velho – e eles já visitaram o Brasil. Meu filho tem mais consciência do que minha filha, mas aos pouquinhos eu vou ensinando e é algo que é muito importante pra mim, que eles visitem a família, provem as comidas que temos aí e tenham experiências  que eu tive no Brasil. A princípio eles ficam no Brasil apenas quando conseguimos ir de férias. Mas se eu trabalhar no Brasil, seria uma boa oportunidade para eles passarem um tempo por aí.

HG: E o Ben, ele conhece o Brasil? Do que ele mais gosta?
Morena: O Ben foi comigo ao Brasil, sim. A gente sempre viaja com pouco tempo por causa do nosso esquema de trabalho mas ele adorou visitar minha família, e eu tento mostrar pra ele mais as coisas do dia a dia, que eu costumava fazer na infância, como ir à praia, as comidas que eu gosto, os sucos naturais. Ele cozinha muito bem e sabe fazer dois pratos brasileiros, moqueca e galinhada. É uma delícia, ele me impressionou! Na primeira vez que ele fez, eu o achei até bem corajoso em fazer comida brasileira para uma brasileira, mas ficou ótimo!

HG: Como é trabalhar junto com o marido? Ajuda ou atrapalha?
Morena: É muito divertido, é uma das poucas horas do dia que temos sozinhos, porque aqui em casa com as crianças é uma loucura, temos que cozinhar, colocar as crianças para dormir, levar para a escola, é tudo uma correria e no trabalho a gente consegue conversar um com o outro. A gente se conheceu trabalhando, por causa dos nossos personagens, então “Gotham” sempre vai ter um lugar no meu coração.

CINEMA

Morena Baccarin, a atriz brasileira de “Deadpool 2”, fala sobre o filme, carreira e vontade de trabalhar em novelas no Brasil

 

O longa “Deadpool 2” estreia no Brasil dia 17 de maio e já estamos curiosos com os rumos que o filme irá tomar e todas as referências típicas do filme. Mas, antes deste momento chegar, tivemos uma conversa com Morena Baccarin, a Vanessa Carlysle, namorada de Deadpool, que chega no Brasil na próxima semana para divulgar o filme por aqui. Morena é brasileira e vive nos Estados Unidos desde os sete anos, sem perder suas raízes com o nosso país.

A atriz, que também está no ar na série “Gotham” e já fez parte do elenco de “Homeland” contou para o hugogloss.com um pouco do que podemos esperar de “Deadpool 2” e o rumo de sua personagem, comentou também sobre seu desejo de participar de alguma produção nacional, sua relação com o Brasil e falou um pouco da sua intimidade com seus filhos Julius e Frances, e o marido Ben McKenzie, com quem se envolveu durante as gravações de “Gotham”.

Reprodução Facebook

HG: Estamos em uma época de muitos filmes de herói. Se não estivesse em Deadpool, em qual filme você gostaria de estar?
Morena: Boa pergunta. Tem vários. Eu estou super interessada em saber como vai ser o novo filme da Marvel, da Capitã Marvel, com a Brie Larson. Eu adoro os filmes que estão saindo agora com as mulheres sendo super heróis e estaria super interessada em refazer, talvez, a Mulher Maravilha ou a Mulher Gato, mesmo sabendo que ela não é uma heroína. Ela sempre foi a minha favorita.

HG: Ser uma garota num filme de herói pode ser um papel cliché. Como descreve sua participação em Deadpool e o que podemos esperar do filme?
Morena: Eu adorei ler o roteiro quando eu li para o primeiro filme porque ela é exatamente o oposto desse clichê das mulheres nesses filmes. Ela não é a vítima. A relação deles é completamente louca e diferente, né. Eu amei no primeiro filme quando ele vem para salvá-la e ela está brava com ele por ter deixado. O primeiro filme é mais uma história de origem, quem é o Deadpool, e este segundo filme é mais sobre quem ele é em termos de o que faz ele fazer as coisas que ele faz e a relação deles está um pouco mais avançada, já estão juntos há um bom tempo, e estão preparados para levar a relação ao próximo nível. A gente começa o segundo filme já com eles nessa expectativa. Ela é o foco dele e a razão pela qual ele faz as coisas que ele faz, ela não é tão passiva como as mulheres geralmente são nesses filmes de heróis.

Divulgação/20th Century Fox

HG:  Nós vimos algumas notícias que algumas cenas do filme foram regravadas. Tinha alguma cena sua? O que houve?
Morena: Eu não estava nas cenas que foram regravadas com os outros atores. Uma das minhas cenas foram regravadas porque eles queriam ter mais de uma opção para usar no corte final. É difícil falar sem poder contar a história, mas vocês vão ver no filme. Era uma cena mais etérea, é como um sonho, basicamente e eles queriam ter opções e gravamos várias vezes, de jeitos diferentes para ver o que ia ficar melhor.

HG: Você ainda assiste Homeland? O que achou dos rumos da série?
Morena: Sabe que eu parei de ver, porque não deu mais tempo? Mas eu sou muito amiga da Claire (Danes) e eu acabo sabendo de alguns pontos altos da trama, e nada do que aconteceu está dentro do que eu poderia imaginar, começando pelo jeito que eles mataram o Brody. Eu não sabia de nada, eu nunca imaginei que só iria participar de três temporadas, a gente realmente não sabia.

Morena em cena de Homeland, como Jessica Brody (Divulgação/Showtime)

HG: Muito se tem falado em equal pay, mas pouco se fala nas diferenças de salário para latinos. Você vê algum progresso nesse sentido?
Morena: Eu notava mais essa diferença há uns anos atrás, sabe, porque este assunto não era tão popular como agora. Estamos num bom momento como mulheres e como latinas também, era uma coisa que antes os personagens que conseguíamos eram os mais diferentes e agora acho que abriu o mercado para a gente, acho que falar sobre isso acabou ajudando atores de todas as culturas a conseguir personagens que não são só latinos ou de outras origens. Quando eu comecei a minha carreira, era bem diferente, todo mundo perguntava ‘Morena, que nome é esse? Você vem de onde?’, era sempre um tópico de conversa. Agora já não é mais. É mais popular, eles acham mais interessante. você ser uma pessoa de outro país.

HG: Você acompanha as novelas brasileiras? Ficamos sabendo que você faria uma participação por aqui que acabou não acontecendo, podemos continuar com esperanças de te ver em produções do Brasil?
Morena: Infelizmente eu não consigo acompanhar as novelas brasileiras, mas tenho muita vontade de fazer trabalhos no Brasil. Existiu realmente essa conversa no passado com vários diretores e diretoras e teve um momento em que ia rolar realmente, só que não deu certo por causa da agenda. As novelas aí gravam por um período muito longo e eu estou sempre em alguma série, e entre os trabalhos me sobram cerca de três meses, então é muito difícil encaixar um trabalho tão grande, mas estou sempre procurando, ainda que seja uma série, filme ou participação, estou sempre procurando oportunidades. Assim que terminar ‘Gotham’, estou aí!

HG: Qual o maior desafio para quem sonha em alcançar uma carreira em Hollywood?
Morena: Acho que tem muitas pessoas, esse é o grande problema. E agora com Youtube e redes sociais, todo mundo pode ser famoso. Mas você consegue seu lugar sendo você, sendo uma pessoa autêntica e tendo paixão pelo que você faz.

HG: Você é amiga do Selton Mello, chegou a assistir “O Mecanismo”? O que achou?
Morena: Eu assisti ao primeiro capítulo mas eu amei. Achei chocante e o trabalho do Selton é muito bom, eu amo o trabalho dele. Eu fiquei super orgulhosa quando soube que ele fez a dublagem dele mesmo em outros idiomas, porque é muito difícil o ritmo da língua, é outro mundo.

Morena Baccarin com o marido, Ben Mckenzie e Selton Mello (Reprodução/Instagram)

HG: O que você acha da situação atual do país?
Morena: É uma coisa que eu vejo mais pelos jornais e matérias de jornalistas brasileiros e uma coisa que não estou vivendo aí, mas acho muito sério, é difícil saber o que realmente aconteceu, mas eu acho que finalmente a gente tá tratando – ou começando a tratar – do assunto. É uma coisa que enquanto eu crescia no Brasil, a corrupção do governo brasileiro era uma coisa que não se falava, as pessoas fingiam que não estava acontecendo. Então acho bom que estejam começando a querer mudar isso.

HG: O que seus filhos sabem sobre o Brasil? Eles falam português? Tem planos para passar algum tempo com eles por aqui?
Morena: Eu tento falar português com eles para que eles possam compreender a língua, até mesmo para poder se comunicar com a família no Brasil. Meus filhos são bem novinhos (Julius tem 4 anos e meio e Frances tem 2 anos), mas eles sabem que eu sou do Brasil, sabem onde o Brasil fica no mapa – pelo menos o mais velho – e eles já visitaram o Brasil. Meu filho tem mais consciência do que minha filha, mas aos pouquinhos eu vou ensinando e é algo que é muito importante pra mim, que eles visitem a família, provem as comidas que temos aí e tenham experiências  que eu tive no Brasil. A princípio eles ficam no Brasil apenas quando conseguimos ir de férias. Mas se eu trabalhar no Brasil, seria uma boa oportunidade para eles passarem um tempo por aí.

Morena e o filho Julius, fantasiados para o Halloween (Reprodução/Instagram)

HG: E o Ben, ele conhece o Brasil? Do que ele mais gosta?
Morena: O Ben foi comigo ao Brasil, sim. A gente sempre viaja com pouco tempo por causa do nosso esquema de trabalho mas ele adorou visitar minha família, e eu tento mostrar pra ele mais as coisas do dia a dia, que eu costumava fazer na infância, como ir à praia, as comidas que eu gosto, os sucos naturais. Ele cozinha muito bem e sabe fazer dois pratos brasileiros, moqueca e galinhada. É uma delícia, ele me impressionou! Na primeira vez que ele fez, eu o achei até bem corajoso em fazer comida brasileira para uma brasileira, mas ficou ótimo!

HG: Como é trabalhar junto com o marido? Ajuda ou atrapalha?
Morena: É muito divertido, é uma das poucas horas do dia que temos sozinhos, porque aqui em casa com as crianças é uma loucura, temos que cozinhar, colocar as crianças para dormir, levar para a escola, é tudo uma correria e no trabalho a gente consegue conversar um com o outro. A gente se conheceu trabalhando, por causa dos nossos personagens, então “Gotham” sempre vai ter um lugar no meu coração.

Morena e o marido, Ben Mckenzie, contracenando juntos em Gotham (Divulgação/FOX)

HG: Então o Ben não ganhou seu coração quando chegou de carro em The O.C.?
Morena: (Risos). Não, ele era muito novo, e eu também. E eu acho que na vida a gente tem que crescer um pouco para abrir os olhos.

HG: Você poderia deixar um recado para os fãs de “Deadpool” sobre o que esperar de “Deadpool 2”?
Morena: Que esse filme vai ser super divertido como foi o primeiro, quero muito poder falar sobre sobre o filme, então assistam logo (risos). Vai ser um filme bem chocante, tanto para o meu personagem quanto para o dele e os novos. Quando eu estava assistindo algumas cenas para gravar o áudio, eu chorei. Então posso dizer que vai ser um filme chocante e com bastante coração.

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