Pesquisa da Ufal busca descobrir como o estresse afeta a vida das pessoas

Estudo é conduzido por Elisabelle Agostinho e Júlio Cezar, mestrandos em Psicologia

Por Ascom/Ufal

Pesquisa da Ufal busca descobrir como o estresse afeta a vida das pessoas

Você já parou para pensar em quantas vezes se estressa durante o dia? Algumas pessoas que estão aqui podem dizer: muitas, com certeza. Mas e as consequências disso para sua vida? É o que um estudo realizado por dois mestrandos de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Elisabelle Agostinho e Júlio Cezar Albuquerque, querem descobrir. Para isso, convidam você a responder um breve questionário.

“O objetivo desta pesquisa é de investigar os níveis de estresse acadêmico e mal-estar psicológico de estudantes de graduação, pós-graduação, docentes e técnicos e técnicas administrativos da Ufal. Sendo assim, espera-se que essa pesquisa propicie achados interessantes sobre a associação do vínculo institucional e o mal-estar psicológico de pessoas ligadas a universidades”, explicam os pesquisadores.

Eles reforçam que a participação é voluntária. “Ou seja, você poderá desistir de sua participação a qualquer momento deste questionário. Além disso, todas as informações aqui encontradas são de caráter sigiloso e confidencial, sem a identificação dos respondentes”, complementam, ao dizer que os participantes terão acesso ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) podendo guardar uma cópia do documento.

Os pesquisadores dizem também que o planejamento inicial era coletar respostas de, no mínimo, 300 pessoas por grupo, o que totalizariam 1.200 pessoas. “Contudo, a coleta de dados de pesquisas pelo meio digital vem enfrentando uma dificuldade imensa nos últimos tempos, sobretudo depois do isolamento social que todos nós passamos em decorrência da pandemia de 2019”, explicam Elisabelle e Júlio Cezar.

Por que investigar o tema?

Segundo os pesquisadores, o estresse é um problema presente na vida da maioria das pessoas, tornando-o impossível de ser ignorado. Além disso, altos níveis de estresse podem trazer mal-estar psicológico e físico, o que pode ocasionar sintomas de ansiedade e depressão ou ainda alopecia e problemas digestivos que são doenças somáticas. E dizem mais: no ambiente acadêmico, ele se associa ao baixo desempenho de estudantes, impactando diretamente no dia a dia.

“Esperamos que os resultados dos nossos estudos possam servir como subsídio para a criação de políticas e estratégias que tragam uma melhor qualidade de vida à comunidade acadêmica em sua totalidade, resultando em melhorias físicas, psíquicas e sociais aos envolvidos. Esperamos também que o nosso instrumento possa ser utilizado por outras faculdades e universidades ao redor do Brasil, trazendo benefícios não somente à Ufal”, explicam Elisabelle e Júlio Cezar.

Eles contam também que a experiência do estresse é diferente em cada grupo estudado. Por conta disso, a investigação deve obedecer o contexto de cada grupo dentro da Universidade e também as suas inter-relações, com o objetivo de buscar estratégias que possam melhorar todas essas relações citadas e vivenciadas pelas pessoas.

“Enquanto o graduando se depara com atividades curriculares, os docentes, por sua vez, se deparam com toda a organização de atividades curriculares do semestre letivo. Os estudantes de pós-graduação podem sofrer maiores níveis de estresse na medida em que precisam conciliar a vida profissional e a sala de aula ou a ausência de bolsas de estudo que possibilitem dedicação exclusiva à pós. Não obstante, técnicos administrativos podem se deparar com a alta cobrança das atividades administrativas e as demandas oriundas dos demais segmentos”, apontam os pesquisadores.

Sobre o estudo

Os mestrandos contam que o projeto de pesquisa, orientado pelo professor Leogildo Alves, existe desde 2018 quando criou a Escala de Estresse Acadêmico (EEA), um mecanismo para mensurar o estresse dentro do ambiente universitário.

Mas foi neste ano que pesquisadores do Laboratório Alagoano de Psicometria e Avaliação Psicológica (Lapap) publicaram a atualização desse instrumento, que foi testado na época da pandemia para avaliar não somente o aumento do estresse acadêmico durante o período, mas também a qualidade do instrumento em contextos críticos, como a pandemia do novo coronavírus.

E o trabalho também teve uma outra derivação: também neste ano, outro grupo de pesquisadores uma atualização da Escala desta vez contando com estressores específicos de docentes universitários, gerando o chamado EEA-D.

“Atualmente, o projeto está construindo a adaptação do instrumento para o contexto de estudantes de pós-graduação e para técnicos. Consideramos que essas novas formas de mensurar o estresse acadêmico são cruciais para entender o fenômeno, uma vez que o estresse é derivado de uma relação entre o sujeito e o ambiente, e dentro do estresse acadêmico, várias formas de experienciá-lo podem acontecer e influenciar no desempenho acadêmico e na qualidade do trabalho de docentes e também de técnicos”, explicam eles.

Participe da pesquisa aqui.

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